Quais as causas da Hipertensão? Quais os sintomas? Tem cura? Qual o tratamento? Como você pode controlá-la para evitar uma morte precoce?
A Hipertensão, mais conhecida como pressão alta, é uma doença silenciosa e atinge cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo (HAS), podendo atingir pessoas de todos os sexos, idades e raças, porém alguns fatores podem auxiliar no desenvolvimento da doença, como:
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Hereditariedade
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Idade acima de 55 anos
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Excesso de peso
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Obesidade
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Sedentarismo
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Fumo
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Consumo excessivo de sal.
De acordo com o clínico geral especialista em medicina do trabalho e promoção de saúde, Renato Igino dos Santos, qualquer indivíduo pode apresentar pressão arterial acima de 140 x 90mmHg e no entanto, não ser hipertenso.
“Apenas a manutenção de níveis permanentemente elevados, em múltiplas medições, em diferentes horários, posições e condições, como repouso, sentado ou deitado, caracteriza hipertensão arterial”, define Santos.
A pressão alta, na maioria das vezes, não permite que o doente apresente
sintomas, portanto devemos ter o cuidado de observar, medindo constantemente para evitar surpresas desagradáveis.
De acordo com a dra. Marly Uellendahl, cardiologista do Lavoisier, Medicina Diagnóstica, a pressão considerada normal para a maioria da população é 120x80mmHg, ou seja, 12 x 8, como é popularmente apresentada. Acima de 140x90mmHg, ou 14 x 9, é considerada elevada.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a hipertensão é responsável por grande parte das mortes prematuras no mundo. Isso acontece porque ela é fator de risco para diversas doenças cardiovasculares.
O aumento contínuo da pressão arterial faz com que ocorram danos às artérias. Elas tornam-se mais espessas e estreitas e pode ocorrer formação de placas de gordura nas paredes internas das artérias, dificultando o fluxo sanguíneo. As artérias perdem a elasticidade aos poucos e podem entupir ou romper.
Devemos considerar que a hipertensão arterial, quando associada a outros fatores, como tabagismo, dislipidemias (níveis elevados de gorduras no sangue, como triglicérides e colesterol), diabetes, doença renal e obesidade, aumenta o fator de risco cardiovascular e, portanto o risco de mortalidade.
Quais são os sintomas:
Geralmente as pessoas apresentam os seguintes sintomas:
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Palpitações
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Dores no peito
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Sensação de peso no pescoço
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Dores de cabeça ou na nuca
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Náuseas
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Turvação visual
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Tonturas e desmaios.
Para o tratamento e controle da Hipertensão:
A Hipertensão na gestação é classificada em:
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Pré-eclâmpsia
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Eclâmpsia
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Pré-eclâmpsia superposta à hipertensão crônica
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Hipertensão crônica
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Hipertensão gestacional, nesses casos a doença pode ser agravada.
As mulheres precisam ficar atentas também na MENOPAUSA, pois nessa fase da vida o risco de hipertensão aumenta, devido a queda das taxas hormonais. Mas o diagnóstico precoce da menopausa, as terapias de reposição hormonal e o controle mais rigoroso da saúde física da mulher, podem evitar o início da doença. Alguns fatores, como estilo de vida estressante, o fumo e o aumento do peso corpóreo, acabam contribuindo ainda mais para que as mulheres nessa fase acabem apresentando a hipertensão.
Ao contrário das mulheres, os homens geralmente apresentam certa resistência na hora de procurar um médico, o que constitui um risco maior quando se trata de hipertensão, pois o sucesso do tratamento depende diretamente da descoberta da doença, avaliação médica e medidas para controle precoces.
Para o tratamento de controle da Hipertensão, a pessoa deve buscar uma melhor qualidade de vida:
♥- Mudar os hábitos alimentares, buscando alternativas mais saudáveis. O seu grande mal é que, por ser uma doença “silenciosa”, a hipertensão ataca e danifica nosso organismo de maneira sorrateira que, caso não seja devidamente prevenida, pode representar diversas complicações nos vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos, além de causar a paralisação dos rins. Por isso, se uma alimentação saudável não cura totalmente, ela ajuda, e muito, nesse combate.
Diversos estudos comprovam que, em casos de hipertensão leve, apenas algumas mudanças na alimentação são suficientes para reverter o caso e retornar aos índices considerados saudáveis.
Faça o seu tempero e diminua o sal nas comidas:
Quando o sangue contém excesso de sal, o trabalho dos rins é sobrecarregado, pois ele retém mais o líquido eliminando menos água. Esse aumento do volume sanguíneo leva a um aumento da tensão arterial. Por isso, é vital o controle e diminuição do sódio em nosso dia a dia e, através de temperos mais brandos – ervas principalmente – a substituição do sal pode ser feita de forma natural e sem muitas diferenças de sabor:
O consumo de sal em excesso é um dos principais vilões da hipertensão. Veja bem: O sódio não está presente apenas no sal de cozinha, por isso é importante lembrar que além do sódio proveniente do sal, também ingerimos outros alimentos em nosso dia-a-dia que contêm esse mineral. O sal “puxa a água”, ou seja, retém líquidos. Com isso o sangue fica mais “viscoso” e com maior dificuldade de passar pelos vasos sanguíneos. Esse aumento crônico da pressão no interior dos vasos leva ao que chamamos de hipertensão arterial.
Segundo a OMS, é recomendado que a ingestão diária de sal não ultrapasse 5 a 6g, o que corresponde a uma colher de chá, e a quantidade máxima de sódio deve ser 2,4 mg, presente em 6g de sal.
Os alimentos processados, enlatados e industrializados apresentam grande quantidade de sódio, pois neles é utilizado o sódio para preservar o gosto e o frescor dos alimentos.
Ressaltamos a importância da redução do sal no organismo, buscando sua substituição por outros tipos de temperos naturais, como cebola, alho, salsa, cebolinha, limão, pois o excesso desse produto pode gerar problemas ainda mais graves, sobrecarregando o trabalho dos rins e podendo causar a falência do órgão.
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Incluir alimentos ricos em magnésio é muito importante para ajudar na dilatação dos vasos sanguíneos, fazendo com que haja uma diminuição da pressão arterial.
Outro mineral importante para isso é o cálcio, encontrado nas amêndoas, no feijão, milho, brócolis, couve e laranja.
As castanhas, nozes, amêndoas e todas as outras oleaginosas também são boas fontes de magnésio, que servem para abaixar a pressão arterial.
Ômega 3: Esse nutriente, muito encontrado em peixes como a tilápia, ou salmão, deve ser acrescentado à alimentação do hipertenso, pois exerce efeito vasodilatador.
Frutas vermelhas, como o morango, melancia, cereja, framboesa, amora, entre outras, possuem flavonoides, substância que dilata os vasos sanguíneos, baixando a pressão.
Dê preferência à ingestão adequada de frutas, verduras, legumes, água e carnes brancas.
Evite alimentos processados, embutidos, enlatados, salgadinhos de pacote, sopas industrializadas, macarrões instantâneos, sucos em pó industrializados e bebidas gaseificadas diet.
Os alimentos com conservantes, adoçantes, fermentos e realçadores de sabor, assim como os embutidos (presunto, apresuntado, salsichas), refrigerantes (principalmente os diet), sucos industrializados em pó, queijos salgados, alimentos defumados, sopas de pacote, temperos prontos, devem ser evitados ou consumidos com o máximo de restrição.
Estudos têm mostrado que substituir as gorduras sólidas(saturadas) da sua alimentação por gorduras insaturadas têm impacto positivo. Quando mantemos a ingestão total de gordura, mas substituímos as gorduras saturadas pelas insaturadas, isso diminui os níveis de colesterol total e principalmente do colesterol LDL, o colesterol ruim, atitude que traz benefícios à saúde vascular.
Em relação aos fatores de risco para doenças cardiovasculares, substituir uma parte dos carboidratos por proteínas ou gorduras insaturadas pode melhorar bastante os níveis de colesterol no sangue. Em uma dieta especialmente elaborada para diminuir a pressão arterial, usando gorduras insaturadas no lugar de uma parte dos carboidratos, os níveis do bom colesterol HDL se elevaram e ocasionaram uma queda mais saudável na pressão.
Comer gorduras saudáveis e menos gordura total pode ser desafiador. Uma forma de fazer isso é escolher mais carnes magras, como frango sem pele, por exemplo.
♥- Praticar esportes e/ou atividades físicas. A eliminação da gordura corporal e a diminuição da circunferência abdominal contribuem para a redução da pressão arterial.
